domingo, 27 de março de 2011

A Grande Mentira - Parte II

(Do blog Informação Incorreta)
<ATENÇÃO: Escrito em Português Europeu.>


Um breve ponto da situação.

Jigsaw

Temos em cima da mesa algumas peças soltas, mas ainda não é possível observar o desenho completo: é como um puzzle, um jigsaw como dizem os Ingleses.

Até agora temos algumas peças e outras aparecem nos lugares mais estranhos e chamam a nossa atenção.

É preciso cuidado: algumas peças são boas, algumas não. Algumas encaixam, outras forma construídas para ser encaixadas mas não fazem parte do desenho original.

Há informação e contra-informação. Há contra-informação criada para nós, cidadãos, há contra-informação criada para outras pessoas.

Por exemplo: algumas peças falam de Illuminati, de Maçonaria, de tradições milenárias, de estranhos rituais, duma estirpe real que conserva terríveis secretos. Contra-informação? Não necessariamente.

Pode ser tudo verdadeiro, mas não é este o problema. O que não podemos perder de vista é o objectivo final, que sempre foi, ainda é e sempre será apenas um: o dinheiro. Porque o dinheiro é poder, quem deter a maior riqueza, detém o maior poder.

Neste aspecto, e para ter uma ideia do desenho, precisamos de pelos menos outras duas peças.
Vamos vê-las.


Nas mãos dos cidadãos

Uma vez, como vimos, no final do mês cada trabalhador recebia uma pequena percentagem da riqueza do próprio País. Era uma percentagem muito pequena, claro. Mas cada nota significava o seguinte: eu, cidadão, detenho esta pequena quantia de riqueza, parte da riqueza total do meu País.

Tecnicamente o termo "deter" não está correcto, pois as notas não podem "pertencer" a ninguém, a não ser ao Estado; não acaso, nas notas falava-se de "portador", não de "dono". Para tornar o discurso mais simples, podemos dizer que ter uma nota na carteira significava deter apenas "temporariamente" a mesma nota, justo o tempo de utiliza-la.

Mas este facto tem implicações em nada secundárias.
Se o Estado detiver as notas, isso significa que só o Estado detém a riqueza. Mas quem é o Estado? Nós, os cidadãos. Então, as notas significavam isso: eu, cidadão, utilizo uma nota, que pertence ao Estado, para representar uma riqueza (o ouro) que efectivamente me pertence.

De facto, o trabalho permitia entrar na posse duma percentagem real da riqueza do País (a nossa República), representada pelas notas por uma questão de comodidade.

A riqueza dum Estado estava realmente nas mãos dos cidadãos.

Desde 1971, este "problema" foi resolvido: a riqueza foi retirada das mãos dos cidadãos e substituída por papel.

"Tá bom", pode pensar o leitor, "é uma questão secundária: antes de 1971 com uma nota comprava uma sandes, após 1971 com a mesma nota compro uma sandes na mesma, para mim pouco mudou".

Certeza? Mudou e mudou muito.


Uma guerra, uma sandes

Imaginemos um caso limite e absurdo.
Uma guerra está a aproximar-se, o cidadão, cheio de medo, desconfia que após o conflito as notas terão perdido valor. Então que faz? Entra num banco e pede para que a mesma nota seja trocada com ouro.

Já sabemos:
- antes de 1971 o banco teria sido obrigado, por lei, a efectuar a troca.
- após 1971 o banco começa às gargalhadas.

Eis a diferença. Desde a decisão de revogar a convertibilidade, nas carteiras dos cidadãos há só papel: papel que pode ter um valor (e tem) agora, nas actuais condições, pois a nossa sociedade reconhece a este papel um determinado valor. Uma nota = uma sandes, é uma convenção.

Mas se as condições mudarem?
Uma nota de 1938 tem um valor histórico, mas não prático: ninguém pode comprar uma sandes com uma nota de 1938.
Mas com o ouro a situação é bem diferente: o ouro tem um valor intrínseco pois 1 quilo de ouro tinha um enorme valor em 1938 e o mesmo acontece agora (aliás, com as actuais avaliações do metal amarelo, agora vale ainda mais) .

Com a decisão de anular a convertibilidade, a verdadeira riqueza foi definitivamente retirada das mãos dos cidadãos: riqueza presente e também riqueza futura. Acham isso irrelevante?


Intervalo

Antes de proceder, um breve intervalo.

Aproveitamos para comprar as pipocas, responder ao telemóvel, e entreter-nos com uma breve divagação.

Tentamos responder a esta simples pergunta: se o dinheiro representa a riqueza, se a riqueza dum Estado é a riqueza de todos, se o Estado for o conjunto dos cidadãos, então isso significa que o dinheiro é de todos, correcto?
Então porque ao pedir um empréstimo o banco cobre juros?

O banco, privado, utiliza o dinheiro (teoricamente de nossa propriedade) para ganhar dinheiro (os juros) que ficam exclusivamente com ele.
Acham isso normal?

Em primeiro lugar, nem deveriam existir bancos privados; que, de facto, são uma invenção relativamente recente. Se o dinheiro pertence ao Estado, isso é, a todos nós, porque um privado tem que geri-lo e ganhar com isso?

A seguir. Se o dinheiro for de todos (e, em teoria, assim é) o cidadão deveria poder entrar no banco (do Estado) e dizer:
Querido Estado, preciso de 10.000 Euros para começar a minha nova actividade; assino o recibo, claro, não sou um ladrão, ora essa. Mas lembra duma coisa: quando a minha actividade começar a funcionar, tu, Estado (que depois sou eu também) ganhas com isso, pois a minha empresa vai criar emprego, mercadorias exportadas, consumo, riqueza.
Por isso não começar com a treta dos juros, pois vou devolver abundantemente este miserável empréstimo.
Claro, o mundo não poderia funcionar desta forma. Seria um absurdo, não seria?
Mas não é também absurdo que bancos privados enriqueçam com o dinheiro de todos?

Ops, o intervalo está a acabar!


Um mundo melhor? Não, obrigado.

Falta ainda uma peça, muito importante.

Como vimos, em 1971 os Estados criaram uma situação muito particular: revogada a convertibilidade dinheiro = ouro, era possível criar dinheiro a partir do nada.

Foi, e ainda hoje é, uma medida controversa. Faz sentido "desligar" o dinheiro da riqueza? Faz sentido tornar o dinheiro a verdadeira (mas muito temporária e volátil) riqueza?

Não vamos discutir isso agora, pois o que conta neste discurso é um outro princípio: em 1971 foram rasgados os acordos de Bretton Woods, os mesmos estabelecidos em 1944, e que desde então tinham governado a nossa sociedade.

O que conta, como vimos, é que para os Estados abriam-se novos percursos, novas possibilidades.
E aqui aconteceu algo de espantoso: os Estados disseram: "Não, obrigado".

Criadas as condições para decisivos investimentos (como já dissemos: instrução, saúde, transportes, infra-estruturas...), as resposta foi: "Sim, engraçado. Mas, se não se importarem, vamos entregar tudo isso aos privados, pode ser?".

Pode ser sim, é suficiente não dizer nada aos cidadãos.

E foi isso que aconteceu: a possibilidade de criar e gerir dinheiro foi delegada definitivamente aos privados. Não "todos" os privados, só alguns: nomeadamente os que fazem-se chamar "bancos". Privados, óbvio.
E a coisa mais divertida é que nada foi dito aos cidadãos: em que dia o Presidente Nixon rasgou a convertibilidade dinheiro = ouro? No dia 15 de Agosto, no meio das férias.

Tu, cidadãos, fica na praia, pensa em divertir-te; eu trato do resto.
E, de facto, trataram.


Um pequeno problema

Bom, em verdade havia um pequeno problema.
As duas principais economias, a americana e a europeia, encontravam-se em situações diferentes: nos Estados Unidos o Banco Central era já privado (a Federal Reserve sempre foi privada), mas na Europa cada Estado continuava teimosamente a gerir a própria riqueza com o Banco Central Nacional. Uma situação incomodativa, sem dúvida.

Era preciso uniformizar, entregar toda a riqueza aos privados. Não era uma questão secundária: uma vez controladas as duas principais economias, com outras instituições teria sido possível estender o controle até as outras economias. É por isso que existe o Fundo Monetário Internacional, por exemplo, que reúne 184 Países.

Por isso, era preciso ultrapassar o obstáculo "Europa". Mas isso não era tão simples: não era possível enviar todos os cidadãos para a praia, era preciso algo de mais refinado.

Desde 1950, no Velho Continente era activo um movimento que mirava a criação dum grande mercado comum, uma federação de Estados, começada com a CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Poderia ter existido ocasião melhor para aportar algumas "leves" modificações?

Por exemplo: que tal pegar nesta boa ideia e convencer os cidadãos em adoptar uma única moeda privada? O nome? "Euro", de Europa, perfeito.
Depois é pintar retratos fantástico, de paz, bem estar comum, de cooperação infinita: os ricos que ajudam os pobres, os pobres que ficam ricos, eis a promessa do Euro.

Os Europeus são aborrecidos, querem votar acerca de tudo a mais alguma coisa, sempre com esta história da democracia e bla, bla, bla.
Então eis o golpe de génio: convence-los em votar num projecto aparentemente bom (a União Europeia) para depois poder actuar um plano muito mau.

Quem poderá queixar-se? Os cidadãos? Mas não foram eles que escolheram de livre vontade?

Assim foi criado o Euro.
Uma moeda nascida ainda antes do Estado, caso único na História. Mas não havia tempo a perder: era preciso que todos, Americanos e Europeus, usassem dinheiro privado. Os outros teriam seguido o exemplo ou poderiam ser controlados, sem problema.


Dinheiro privado

Dinheiro privado...será possível?
Não "será", mas "é" possível.
Observem uma nota de Euro: conseguem individuar as palavras "União Europeia"? Não, não conseguem, porque não aparecem: aparece apenas BCE, Banco Central Europeu.
Observem uma nota de Dólar: porque não aparece o Ministério do Tesouro? Aparece apenas Federal Reserve.

Em ambos os casos a resposta é simples: este não é dinheiro público, é privado.

As antigas notas nacionais deixavam bem claro que a nota pertencia a um determinado Estado: não era vaidade, era uma segurança, pois estava a significar que atrás da nota havia um Estado que garantia o valor dela, com as próprias reservas auríferas.

Quem está atrás do Euro e do Dólar?

O Banco Central Europeu é formado pelos Bancos Centrais Nacionais, os quais são detidos por bancos privados.
A Federal Reserve é privada. Oficialmente os nomes dos accionistas da Fed são mantidos secretos (manter secretos os nomes dos donos da instituição que cria e gera o dinheiro dum País? E porquê?), na verdade há muito mais do que suspeitas: os donos da instituição são bancos privados e famílias de banqueiros.

O BCE produz dinheiro privado, tal como a Federal Reserve. Não é dinheiro criado a partir de riqueza, não é criado a partir de ouro: é papel, nada mais do que simples papel a cores, atrás do qual não há nada.


Perder a soberania

É difícil acreditar nisso.

O esquema foi bem estudado e nada foi deixado ao acaso. Quando nos anos '90 houve a passagem para o Euro, ninguém explicou o que teria significado abandonar o dinheiro nacional, perder a soberania monetária.

Repito: ninguém explicou isso, nem os governos, nem as oposições. Europeiastas e anti-europeistas, todos empenhados em Grandes Discursos acerca dos Grandes Valores, a Democracia, o Futuro, a Unidade, o Homem, a Cooperação.
Poucos, muito poucos e não ouvidos os que perguntaram uma coisa muito simples: o que acontecerá ao meu País uma vez perdida a capacidade de gerir o próprio dinheiro?

Nos Estados Unidos a passagem aconteceu numa época ainda mais remota, no principio do XX século com o Presidente Wilson o qual, mais tarde afirmou:
Eu sou um dos homens mais infelizes. Tacitamente arruinei o meu País. Uma grande Nação industrial está agora controlada pelo seu sistema de crédito, já não somos regidos por a livre opinião e o voto da maioria, mas pela opinião e coação de um pequeno grupo de homens dominantes.
E bravo Wilson. Pena ter lá chegado demasiado tarde.


Última peça: a dívida

Olhem, encontrei uma última peça! Mas não faltavam apenas duas? Pois, mas agora surgiu esta, olhem só: chama-se dívida.

Melhor observa-la bem, pois não parece uma peça segundaria. Eh não, não é nada secundária. A bem ver, o mecanismo da dívida é muito importante embora o seu funcionamento seja bastante simples.
De facto, funciona assim:

Um banco privado emite dinheiro.
O dinheiro é emprestado a um Estado.
O Estado para juros por este empréstimo.
O Estado gasta mais do que ganha, o que é bastante normal.
Por isso o Estado não consegue devolver o empréstimo e pede outro empréstimo para poder funcionar e pagar ao menos os juros.
A partir de agora, o Estado continuará a pedir cada vez mais dinheiro ao banco privado: para poder continuar a funcionar e para poder pagar os juros acumulados.
É uma espiral da qual o Estado nunca poderá sair. O banco privado conseguiu um refém: o Estado.
A espiral chama-se "dívida pública".
E o Estado somos nós.


A Grande Mentira

Agora temos as peças necessárias para construir o nosso jigsaw.
  • Tudo começa em 1919, com o Federal Reserve Act assinado pelo Presidente dos Estados Unidos T.W. Wilson: a moeda dos EUA é emitida agora pelos privados.
  • Continua em 1971, dia 15 de Agosto, com a revogação da convertibilidade da moeda e ouro por o Presidente R. Nixon. Com esta medida o dinheiro já não representa a riqueza dum País, o seu ouro, mas torna-se uma riqueza volátil.
  • Com esta medida, a riqueza do País é retirada das mãos dos cidadãos.
  • A seguir, temos a supressão dos bancos centrais nacionais da Europa em favor dum só banco central, o BCE, privado, que emite moeda própria. 
  • Como resultado, os cidadãos perderam definitivamente qualquer contacto com o ouro do Estado e são obrigados a utilizar exclusivamente um meio de pagamento privado, sem valor intrínseco.
  • Entretanto, os bancos (nesta altura todos privados ou controlados pelos privados) capturam os Estados no mecanismo da dívida pública e conseguem enriquecer cada vez mais.
Uma revolução? Uma guerra? Uma mega-reestruturação da dívida? Qual o problema? Os Estados ficarão apenas com um monte de papel. Os bancos com o ouro.


E o leitor terá que concordar: as duas coisas são bem, diferentes, não acha?

Eis a Grande Mentira, que tem um nome: dinheiro.
O dinheiro que utilizamos já não é público, é privado; já não é riqueza, é papel.

Os Estados abdicaram do papel deles de forma progressiva mas inexorável. Pior: traíram os próprios cidadãos. Entregaram o ouro e o poder à poucos privados. Porque ouro e poder vão juntos.

Porque um Estado que não pode controlar a própria economia já não é um Estado: é uma ilusão de Estado.

Pensem um segundo nisso: o que pode fazer um Estado sem a capacidade de gerir o próprio dinheiro (que depois é o dinheiro de todos os cidadãos, é bom não esquecer isso)?
Pode gerir o sistema de instrução? E com quais recursos?
Pode gerir o sistema de saúde? E como?
Pode gerir um exército, uma política energética, o mundo do trabalho, a justiça, as próprias finanças, os transportes? Pode fazer planeamentos?
Uma vez perdida a posse da própria riqueza, um Estado deixa de existir. Continua a existir a Nação (por enquanto: ainda não perceberam o porque da globalização?), mas o Estado morreu, porque palavras como "república" ou "democracia" são ocas quando não há poder.

Os Estados morreram porque foram vendidos. Mas nós somos os Estados: então nós cidadãos fomos vendidos, com as nossas riquezas e os nosso direitos.

Os partidos, os representantes, aquelas mesmas instituições criadas e eleitas para tratar dos interesses de todos, traíram a confiança dos próprios eleitores e venderam as vidas dos cidadãos aos bancos privados.

Hoje continuam a utilizar termos que perderam sentido, como Estado, República, Democracia; continuam a organizar rituais vazios como as "livres" eleições: tudo para criar uma aparência de legalidade, para que o cidadão não perceba a realidade, para preservar a Grande Mentira.

Pois é, querido leitor: fomos vendidos. Em troca de papel.

E temos que admitir: como negócio não foi grande coisa.


Ipse dixit.

"Can you tell me where my country lies?"
said the unifaun to his true love's eyes.
"It lies with me!" cried the Queen of Maybe
- for her merchandise, he traded in his prize.
Genesis, Dancing With The Moonlit Knight

A Grande Mentira - Parte I

(Do blog Informação Incorreta)
<AVISO: Escrito em Português europeu>




O leitor deseja fazer algo de útil e inteligente? Agora mesmo?

Então é só seguir as indicações:
1. Pegue nos livros de História que estão na sua casa.
2. Individue os últimos capítulos, os que falam da história moderna, desde 1970 até hoje.
3. Rasgue e deite no lixo.

Já está. O leitor acabou de fazer uma coisa muito inteligente: porque a História como foi contada desde a década dos anos '70 até hoje é apenas mentira.

O leitor continua com dúvida? Pegou nos livros mas ainda não tem a coragem para estragar uma edição tão bonita?

Então venha comigo, siga-me nesta curta viagem, no final da qual perceberá porque o que ensinaram nas escolas, a versão oficial, não passa duma piedosa mentira que tem um único objectivo: impedir que o cidadão possa perceber que o Estado, assim como contado, foi destruído há muito tempo.



A data

Se o leitor tivesse que escolher uma data importante após o fim da Segunda Guerra Mundial, que data escolheria?
Falamos, óbvio, duma data que marcou de maneira indelével a nossa sociedade, que mudou o rumo dos acontecimentos.

20 de Julho de 1969, o Homem na Lua?
9 de Novembro de 1989, a queda do Muro de Berlim?
1990, a Primeira Guerra do Iraque?

Todos acontecimentos importantes, sem dúvidas. Mas a data que deveria merecer o destaque maior seria outra: 15 de Agosto de 1971.

Naquele dia, o então Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon,decretou o fim da convertibilidade entre Dólar e ouro. Em breve, todos os outros Países fizeram o mesmo.

O que significa isso?


A nota

Observem a seguinte imagem:



Nesta antiga nota da República Italiana é possível encontrar a seguinte frase: "Pagabili a vista al portatore", que podemos traduzir como "Pagáveis à vista ao portador".
Uma nota pagável? Qual o sentido? Uma nota já é dinheiro, com que se pode pagar uma nota?

Estas perguntas parecem óbvias: e isso já é um preocupante indício do estado no qual a nossa sociedade se encontra e do condicionamento ao qual somos submetidos.

Por isso, parece normal o facto desta frase ter desaparecido: já não pode ser encontrada em nota nenhuma. Normal? Absolutamente não, vamos ver porquê.

O dinheiro, em teoria, é uma forma de pagamento, nada mais do que um meio de pagamento: o dinheiro não é riqueza, deveria representar a riqueza. Complicado? Nem por isso.

É mais prático comprar 6 ovos com barras de ouro ou com notas? Com notas, evidente. Por isso foi inventado o dinheiro: uma nota representa uma determinada quantia de ouro, uma riqueza real.

Até 1971, o portador duma nota de 1.000 Lire, a mesma da figura anterior, poderia entrar em qualquer banco, público ou privado, e exigir o pagamento da nota. Como? Com ouro.
O portador apresenta a nota e o banco troca a nota (o meio de pagamento) com a riqueza real, o ouro (do qual a nota é apenas uma representação).

"Pagáveis à vista ao portador" significa isso mesmo: a nota é um meio de pagamento que representa a riqueza, o ouro, guardado nos bancos. Simples, não é?


O papel

Isso, tal como dito, até 1971 (em verdade a Lira perdeu a convertibilidade mais tarde, e o mesmo aconteceu com o dinheiro dos outros Países: mas vamos simplificar).

A partir da decisão de Nixon, já não é possível entrar num banco e pedir para que a nota seja paga: o banco não vai trocar a nota do leitor com ouro. Isso porque o Dólar e as outras notas já não representam uma riqueza real. Porquê?

A convertibilidade (uma nota = uma determinada quantia de ouro) implica que por cada nota emitida exista o correspondente valor em ouro.
Eu, Estado, tenho 1.000 quilogramas de ouro; cada quilogramas vale 1 Dólar, então vou emitir 1.000 Dólares em notas. Assim, cada Dólar representa exactamente 1 quilo de ouro.

Mas quando a convertibilidade já não for a regra? Acontece uma coisa espantosa: o Estado pode emitir um número ilimitado de notas, pois estas já não representam a real quantia de ouro na posse do Estado.
Então representam o quê?

Este é o problema: representam nada, nada mais do que o papel das quais são feitas.

Com convertibilidade: 1 Dólar = 1 Quilo de ouro
Sem convertibilidade: 1 Dólar = papel e nada mais.

"Tá bom", pode pensar o leitor, "afinal esta não passa duma questão de contabilidade, um mero aspecto financeiro".
Não, não é assim: a diferença entre um sistema baseado na convertibilidade e um sistema sem a convertibilidade tem implicações extremamente profundas: tão profundas que abalam os alicerces da nossa sociedade e põem em discussão o nosso papel enquanto cidadãos.

Exagerado? Vamos em frente.


Salários de papel

Se uma moeda perder a convertibilidade, como vimos, deixa de representar a real riqueza, o ouro. De facto, deixa de representar qualquer coisa: num sistema sem convertibilidade a moeda torna-se a real riqueza.
Mais moedas? Mais riqueza. Menos moedas? Menos riqueza.

Mas será mesmo assim? Não, não é assim. Esta é a versão que os Estados querem transmitir. A verdade é bem diferente.

Se a moeda fosse a verdadeira riqueza, seria suficiente que um Estado tivesse os cofres cheios de notas para ser um Estado rico. Mas ainda hoje, a riqueza dum Estado é calculada com base na reserva áurea, isso é, na quantia de ouro que efectivamente detém.

Mais ouro? Mais riqueza. Menos ouro? Menos riqueza.

Mas então a moeda, as notas, quanto valem? Resposta: nada.
Esta é uma das realidades que bancos e Estados não querem divulgar.

Até 1971, cada trabalhador era pago com notas que representavam uma riqueza real, mantida nos cofres dos Estados. No final do mês, o trabalhador recebia como salário uma pequena percentagem da riqueza do próprio País, pois cada nota representava uma riqueza real.

Depois de 1971, cada trabalhador recebe papel, que já não representa nada, ao não ser o papel da qual a nota é feita. Hoje trabalhamos e no final do mês somos "premiados" com papel.

Acham isso um factor secundários? Se o leitor pensar isso, então tente responder à seguinte pergunta: para onde foi todo o ouro, a verdadeira riqueza?
Mas disso vamos falar mais à frente. Por enquanto vamos ver um dos outros efeito da perda da convertibilidade.


A Res Publica

Um salto atrás.
O termo "República" deriva do Latim Res Publica, isso é, "coisa pública, de todos". É uma ideia bastante antiga que remonta aos tempos dos Gregos clássicos, pois foram eles os primeiros a utilizar o conceito.

Passados mais de 2.000 anos, hoje a maioria dos Países são Repúblicas e mesmo os Estados de tipo monárquico têm constituições que permitem a decisiva participação dos povos nas decisões do próprio País.

Uma maravilha, não é?
Agora, pensamos nisso: numa República, o Estado gere a res publica, isso é, a coisa pública, de todos. Como a riqueza, por exemplo.

De facto, um dos deveres de qualquer Estado é a administração dos recursos de todos os cidadãos para o fornecimento de serviços em favor de todos os cidadãos.

Mas se o Estado deixar de gerir tas recursos? Se o Estado deixar de administrar a real riqueza dos cidadãos? Se o Estado começar a utilizar uma outra fonte de riqueza, não criada pelos cidadãos? E se os cidadãos não estiverem devidamente informados acerca da real situação? Podemos ainda falar em res publica?

Vamos ainda mais em frente: se o Estado criar dinheiro a partir do nada?


Dinheiro do nada

Pois é isso que acontece. Os últimos Quantitative Easing da Federal Reserve foram exactamente isso: centenas de milhões de Dólares criados a partir do nada, literalmente.

O que a Federal Reserve fez foi ligar as impressoras, deixar secar a tinta, e pronto, eis criados rios de notas: quanto ouro representa cada nota assim criada? Zero. Só papel.

Mesmo sistema utilizado na mesma altura pela Bank of England, pelo Bank of Japan, pelo Banco Central Europeu.

Todas notas criadas a partir do nada e distribuídas nos vários Países. Que, desta forma, aceitam, utilizam e fazem utilizar dinheiro que não pode representar a real riqueza do País: representam outra coisa.

Mas que coisa?

Não vamos responder a esta pergunta já. O que interessa agora é o seguinte: um Estado que aceita, utiliza e faz utilizar pelos próprios cidadãos uma riqueza que riqueza não é, pode ainda ser considerado uma República?

Vimos que as notas são imprimidas a partir do nada, não representam riqueza.

Mas nós trabalhamos: então para onde foi a real riqueza produzida pelos cidadãos? Onde está a res publica?


O perigo inflação

Um passo atrás, outra vez.
Após 1971, os Estados ficaram numa situação muito particular: pela primeira vez na história do homem, era possível criar dinheiro de forma totalmente independente da riqueza realmente possuída (o ouro).

É claro, não se pode ligar a impressora e começar a distribuir notas como se nada fosse. As operações de Quantitative Easing têm custos: quantas mais notas houver em circulação, tanto menor será o valor atribuído a cada nota. Isso tem um nome: inflação.

A Federal Reserve e os outros bancos, ao utilizar este sistema, criaram as bases para uma futura vaga inflacionária. Que não acaso começa a surgir. Não há maneira de evitar esta que é uma lei básica da economia e não só.

Por isso, não podemos imaginar Estados que a partir de 1971 começassem a imprimir notas e a distribui-las aos cidadãos de graça.
Cada cidadão teria ficado com quantias enormes de dinheiro, teoricamente ilimitadas: mas teria sido uma falsa riqueza e, sobretudo, de breve duração. Logo os preços teriam começado a subir de forma vertiginosa e a alegada vantagem de ter muitas notas teria sido compensada pela subida dos preços.

É uma situação que já aconteceu: na Alemanha dos anos '20, por exemplo.

Para pagar as dívidas da Primeira Guerra Mundial, o Estado começou a imprimir notas sem ter em conta a real riqueza em ouro; desta forma as dívidas foram pagas, mas o País entrou numa fase de hiper-inflação.

Os preços subiram de forma exponencial e o Estado teve que imprimir notas com valores cada vez mais elevados para permitir que os cidadãos tivessem notas suficientes para efectuar compras. Foram imprimidas até notas com o valor de 100.000.000.000.000 Marcos. De facto, a economia colapsou.

Outros exemplos de hiper-inflação tiveram lugar em alguns Países da América do Sul nos anos '90 e actualmente o Zimbabwe apresenta uma taxa de inflação de 231.000.000% .

Por isso, imprimir dinheiro sem cuidado é uma  medida que não faz sentido.


O Estado como família

Todavia pensamos no seguinte: se o Estado deixar de limitar a emissão de dinheiro consoante a quantia de real riqueza possuída (o ouro), então isso significa que o Estado terá oportunidade de empregar mais dinheiro em bens a favor dos cidadãos. Não de forma descontrolada (perigo inflação), mas de maneira cuidadosa e rentável.

Com o passar do tempo, os investimentos (na educação, na saúde, na formação, nas infraestruturas) começarão a devolver os capitais investidos e com os interesses também.

Com o passar das gerações, os Países poderiam ter-se tornado algo de muito diferente, no sentido melhor.

O caso de Portugal, por exemplo.
O País é obrigado a mendigar dinheiro no mercado dos investimentos, pagando juros altíssimos.

Mas porquê? Porque Portugal não imprime as próprias notas e, sem cair nos erros da hiper-inflação, não alivia assim a situação?

Porque, é explicado, o Estado é como uma família: não pode gastar mais do que ganha. Portugal produz e ganha pouco, por isso pode gastar pouco. Se gastar mais, então são precisos cortes. O mesmo, naturalmente, acontece com todos os Países em dificuldades, começando com os PIGS europeus.

O raciocínio é perfeito, não é possível encontrar falhas. Não acaso é dito e repetido inúmeras vezes.
Bom, se calhar uma falha existe; pequena, mas existe: Portugal e os outros Países não gastam a riqueza que produzem.

Uma vez, com a convertibilidade nota-ouro, era assim de facto (nota: em boa verdade, um País com moeda própria pode gastar até o infinito, sem limites de deficit: mas aqui o discurso é mais complexo e afastado do tema principal) . Mas já não é: como vimos, a moeda já está totalmente "desligada" da verdadeira riqueza, que continua a ser o ouro.

Estes Países gastam outras coisas: simulacros de riqueza, isso é, dinheiro que já não está relacionado com algum valor; dinheiro que pode ser criado a partir do nada; dinheiro que vale nada.


Perguntas

Chegou a altura de fazer algumas perguntas, não é?

Se o Estado pode imprimir dinheiro a partir do nada, como pode o Estado queixar-se do facto de ter pouco dinheiro?

Se o Estado pode imprimir dinheiro a partir do nada, como pode ter dívidas?

Porque o Estado corta os salários, os serviços, os investimentos se o que falta afinal é uma coisa que pode ser imprimida a partir do nada?

Porque o Estado não imprime e investe dinheiro (de forma cautelosa) para criar trabalho e aumentar o nível de vida dos próprios cidadãos?

Se o Estado deixou de desenvolver o próprio papel "republicano", o que é hoje?

Porque o Estado não diz aos cidadãos que o dinheiro utilizado já não é a real riqueza produzida com o trabalho?

Que aconteceu com a verdadeira riqueza, o ouro? Onde está, quem ficou com ele?

Boas perguntas.
E na segunda parte do artigo vamos procurar as respostas.

terça-feira, 22 de março de 2011

EUA intimidando Dilma?

Os americanos esperaram a sucessão presidencial para ver se conseguiam "colocar o Brasil em seu devido lugar", uma vez que eles não conseguiriam dobrar Lula. Fosse o presidente eleito José Serra, a coisa teria sido mais fácil.

Mas mesmo assim, estamos vendo certas manobras ocultas que possam indicar a volta da influência norte-americana no Brasil, aproveitando-se do fato de agora o Brasil ser governado por uma mulher (Como os bons machistas que são).

--Barack Obama teve desde o seu primeiro ano de mandato para visitar o Brasil no tempo de Lula, mas preferiu fazê-lo no primeiro ano de Dilma no poder;
--Dilma Roussef, que possui o poder de escolher o caça com o qual a FAB vai trabalhar nos próximos anos, demonstrou preferir o Boeing F/A-18 "Super Hornet", em uma certa altura na qual Lula preferia o Dassault Rafale francês, e a FAB tinha mostrado preferência pelo SAAB Gripen NG sueco. Até então, o "Super Hornet" era mero figurante na competição. O Rafale é muito caro, e o Gripen é o mais barato, mas ambos têm garantias de transferência de tecnologia, coisa que não é certa no caça americano;
--De uma relação amistosa com o Irã, cultivada por Lula, que buscava soluções pacíficas para assuntos delicados, como a questão nuclear, Dilma tratou de condenar o governo iraniano, sendo a favor das sanções, indo na mesma onda do resto dos países influenciados pelos EUA: Mahmoud não voltará aqui tão cedo;
--Quando ocorriam catástrofes, ou situações muito adversas em lugares onde há brasileiros, o Itamaraty era o primeiro a fretar aviões para tal lugar para recolher brasileiros ou então mandar alguma ajuda para o lugar afetado. Pois bem, nessa catástrofe que se abateu sobre o Japão, os brasileiros que lá moravam estão voando para o Brasil a custo próprio, pois o governo nem se prontificou. 
--O que vai ser da próxima vez, a volta da ALCA?

Alguma coisa está acontecendo, e deve ser uma coisa sinistra. Dilma está, por enquanto, tendo pulso firme com sua equipe de governo, mas por outro lado está se deixando influenciar demais pelo sorrisinho de Barack Obama. Que, por sua vez, está tendo um fracasso de popularidade em seu próprio país, sendo mero passageiro em seu próprio governo.

Será que oligarcas americanos estariam por trás dessa lenta e estranha conversão ao norte da política de Dilma Roussef? Seria Obama uma marionete dos oligarcas de uma suposta Nova Ordem Mundial, que estaria tentando conduzir nossa Presidente pelo mesmo caminho de submissão, pelo qual tantos presidentes brasileiros trilharam?

Olho aberto, e se souberem de mais alguma especulação, me mandem.

Ainda o Japão: HAARP e seus efeitos

Muitos disseram por aí que o grande terremoto que sacudiu o Japão com uma tsunami foi obra de americanos, porque eles têm o HAARP, que usa microondas em bilhões de volts, capazes de manipular a ionosfera, e com isso, controlar o clima de certa parte do mundo.

Tem este vídeo do Youtube, trazido pelo usuário deusmihifortis, um estudioso das teorias conspiracionais.

Tem este também, do canal Verdadexplicita:


Há muitas coincidências, mas uma pergunta ficaria no ar:
--Por que os EUA atacariam uma nação aliada? Hiroshima e Nagasaki não foram suficientes?

Há rumores de uma arma semelhante na Rússia (O nome seria Duga ou Sura), o que tornaria a hipótese mais plausível, pois os russos não se dão muito bem com os japoneses, dada a disputa dessas duas nações por ilhas ao norte do Japão.

Mas antes de viajarmos na maionese, não podemos esquecer que o Japão está assentado sobre QUATRO placas tectônicas, e há com isso tremores por todo o país. Todavia, é mais fácil para aparelhos como o HAARP estimular abalos sísmicos em lugares onde haja predisposição, ou seja, atrito entre as placas tectônicas. E, as relações entre os países nem sempre são as mesmas que nos são apresentadas nas revistas. 

domingo, 20 de março de 2011

Japão: Fusão como plano de emergência?

Estava navegando pela internet durante uma pausa no meu trabalho quando eu dei de cara com um texto meio perturbador, mas ao mesmo tempo fascinante.

Infelizmente, eu só copiei o texto, não tendo tempo de copiar o endereço do original. Quem souber o endereço original onde este texto foi publicado, pode comentar aqui mesmo.

Dada a catástrofe que foi o terremoto seguido da tsunami que varreu a região de Sendai, no Japão, alguns políticos japoneses estariam pensando em um plano de emergência para o caso de o país começar a afundar bem mais que os 60 cm que afundou desta vez - E constantemente.

I feel that something very terrible will happen to the japanese people.
Also feel a necessary change to the survival of japanese people and culture.

Within this change, I see an oportunity so unique to save Japan from vanishing and guarantee land enough to grow without need importing basic needs from Strangers.
I feel in my spirit that Japan will sink. And, when I say "to sink", I am saying LITERALLY to sink, like the legendary Atlantis! Japan has already sunk 2 feet, how much more is needed to Japan vanish?
The Japanese people needs to get out from the archipelago. Preferentially, taking away your industries, universities, facilities, railroads, temples, and anything needed.
And the ONLY place that can receive Japan inside it without bigger complications is Brazil. Hai, Brazil!
China can't receive us, Korea, despite friendly, is still upset with historic Japanese raids, USA is not friendly, Australia is under UK influence, Russia hates us, and Canada is under USA influence.
So, Brazilian people need be ready. Ready to the Japanese "exodus", once that we are almost 130 million people. Brazil need be prepared to the incoming of a whole country, with its people, its facilities, its language, its currency, its traditions, its lifestyle, so different of Brazilian's.
Signs are clear. Through the years, Japan has helping Brazil to get ready to merge to Japan in its own territory:
--In 16th Century, Portugal got from Japan the control over the Kyushu island; Nagasaki was founded by Portuguese missionaries;
--In the beginning of the 20th Century, Japanese people arrived in Brazil, helping to form the biggest Japanese colony outside Japan;
--Many words from Portuguese are inserted in Japanese language, and vice-versa, so deep that nobody knows if some words like "oi" and "ne" came from Japanese to Portuguese or from Portuguese to Japanese;
--Many Brazilian youngsters acquired habits inherent to Japanese youngsters, like cosplaying and Manga stories' reading (and creating). In the meantime, Japanese young culture is spreading out across Brazil;
--Jiu Jitsu, considered during centuries a Japanese martial art, although risen in India, changed its "citizenship" and is known as "Brazilian Jiu Jitsu";
--A Japanese anime named "Michiko e Hatchin" has many Brazilian elements, although the story happens in a fictional country;
--Brazil and Japan developed together a common Digital Television pattern;
--Football, a very known as "Brazilian" sport, is getting popular in Japan;
--Many people in Brazil seek to learn Japanese language, even with no conditions or interest to go to Japan;
--Eastern religions risen in Japan increase the number of practitioners in Brazil, while some of them are getting "Brazilianized";
--There are increasing the number of language schools in Brazil that offer classes of Japanese language, and Portuguese is getting more common in the archipelago; 
--Japanese cuisine get more and more adepts in Brazil: An example is the ramen, that is very popular in Brazil under the label "miojo";
There are other more or less subtile signs. Japan and Brazil are giving signs of approach. So, I say, Brazil have to get ready to the Great Tribulation, that may force the whole Japan to a true Exodus towards Brazil. If Brazil get ready, the country will receive not only the Japanese people, but also everything they attain to bring from the archipelago.
Some politicians are already planning this fusion some years ago, since the Kobe's Earthquake. The Emperor is already well-informed about it, but keeps it in secret. According to studies commissioned by these politicians, the merging to Brazil is the only way to save Japan from disappearing if the archipelago to sink. They are hiding this operation's plans under the name "Miai".


Sendai's Tsunami was only an advice.
Get ready, Japan.
Get ready, Brazil.

If this events continue keeping, it will begin a fusion like History was never seen.

Imagina o Japão fundido ao Brasil, como seria? Não apenas o povo, mas todos os recursos que o país tem, que fazem dele a terceira economia do mundo?

Como eu havia dito antes, assusta, mas fascina.